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1. |
Puta Vida
01:55
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Puta Vidaaaaa
Trabalhou honestamente no varejo no verão
Ganhou o seu salário pra gastar lá no timão
Não ligava pra politica, tinha nojo do centrão
Esquerda ou direita, é tudo corrupção
Nasceu em berço pobre no bairro jacarezinho
Seu irmão foi esfaqueado por um saco de pozinho
Sua Mãe vendia sexo para todo o vizinho
E seu Pai foi baleado era ele nenenzinho
Puta Vidaaaa
Foi sacaneado por toda religião
Foi achincalhado por milícia de plantão
Policial lhe via como saco de porrada
E o gang ameaçava todo dia com facada
Puta Vidaaaa
Morreu num tiroteio no meio da confusão
De tiro perdido disparado em multidão
Em mais uma organizada operação policial
Seu propósito era honesto, só queria ser normal
PU-TA
VI-DA
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2. |
Selva Urbana
02:45
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O sol nasce uma vez mais.
Sobre a vasta selva,
A vida irrompe,
Vida e morte,
Jogando em caminhos maltratados,
Um equilíbrio precário,
O próximo passo sempre determinando a sobrevivência,
E como os predadores perseguem suas presas,
Com precisão mortal,
O explorador rastreia com facão no bolso,
Procurando desesperadamente a vantagem,
Medo gravado em sua testa enrugada,
Enquanto ele luta contra tudo o que ele já conheceu.
Tão grosso e escuro,
A penumbra,
Uma tortura mais perigosa,
Do que qualquer um poderia perceber.
Espreitando atrás da próxima esquina,
Poderia ser sua última visão,
Um final inesperado,
Uma morte lenta e dolorosa.
Enquanto o sol desaparece de vista,
A coruja astuta grita,
O som estranho dos tambores,
Fica no ar,
Como a escuridão ganha vida.
Outra vida mais perigosa,
Desperta,
Seus olhos escuros e angustiados,
Por tormento e angústia.
Um uivo repentino,
Irrompe no ar,
Seguido por um estrondo terrível,
O céu brilha enquanto o relâmpago voa rapidamente pelo ar.
Vida noturna,
Joga com precisão fluida,
Toda a vida noturna,
Tentando vencer a chegada inevitável dos sóis.
Na luz fria,
De um novo amanhecer,
Uma tragédia está para todos verem,
Outra vida tirada sob o manto da noite.
Predadores sempre procurando matar,
Vida e morte se desenrolando,
A alegria da sobrevivência,
Nas profundezas da selva urbana.
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3. |
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Toda essa pobreza
Toda essa pobreza
Toda essa pobreza é desumana!
Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.
Aqueles que sonham com um conto de fada
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos,
Que de manhã se levantam em mantos rotos
morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
e se alimentam de restos no bairro dos afogados
Que não são embora sejam.
indigentes que não se desejam
Que não praticam religiões,
Mas sublimam superstições.
São do folclore mais que da cultura
Não têm educação mas vida dura.
São apenas um número, não têm nome
Exceto na briga quando têm fome
Não Fazem parte da história universal,
Apenas das páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que nada têm, a quem tudo falta
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.
Toda essa pobreza
Toda essa pobreza
Toda essa pobreza é desumana!
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4. |
Moleque Empoderado
02:17
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Essa sua ideia de superioridade
Já nem é como sendo por maldade
Foi-lhe ensinada por essa sociedade
Onde educação está bem longe da verdade
Seu Pai era playboy que herdou de seu avô
Sua Mãe uma piranha, trabalhou num camelô
Agora só faz compra, manicure e tarô
Ganhou a lotaria, no carnaval engravidou
Garoto mal educado
Playboy endinheirado
Moleque empoderado
Sua Bábá lhe deu carinho, proteção e Amor
Para ela você paga com desdém e doentio humor
Embora seja pobre, ela é digna do melhor
Mas pra si ela é apenas serviçal ao seu dispor
Legal é perrear mendigo no calçadão
Legal é maltratar trabalhador no varejão
Legal é humilhar empregada de balcão
Legal é maconhar e curtir lá no festão
Moleque empoderado sem nobreza, sem noção
Não tem dignidade, não tem nem noção
Aquele sem teto ali, tem honra e dignidade
Você não tem vergonha, alma suja sem bondade
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5. |
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O que é que eu fui fazer
O que é que eu fui trazer
O manto está bem escuro
Todo o mundo é breu
CAOS – FOME – MORTE
O que é que eu vivi
O que aprendi
O que é que ensinei
Nada mais que nada
PESTE-DOR-MORTE
Os 4 cavaleiros
Os sinos a dobrar
Fui eu q’encomendei
O Caos!
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6. |
Fodido, Falido
02:54
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Sob o viaduto, casa sonhada
Dorme essa gente, indigente, sem nada
Procura o aconchego de uma sacada
Fome, frio, ausência e uma febre suada
De que serve a vida, sem parede de tijolo
Você é o pária, o triste, o tolo
Mas pobre é aquele que desdenha o que tem
Não merece nada, apenas desdém
Veio de longe na procura de um abrigo
Sem um conhecido, familiar amigo
Por toda a cidade algo procurou
Mas em todo lado já tem quem achou
Sua cara suja, seu corpo dorido
Olham para si, é um se abrigo
Sem teto, sem nada
Sem teto, um nada
Um olhar vazio, um local profundo
Sua alegria está num outro mundo
Sem teto, fodido
Sem teto, falido
Rouba uma maça, a fome aperta
Leva na porrada de um lojista alerta
Sem levar em conta sua condição
Você um defunto, no seu coração
Procura reciclado, na noite que cai
Remexe aí o lixo, achou, pega e vai
Um dia se levanta, outro dia você cai
Entrou nessa vida, um dia você sai
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7. |
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Foi meliante, bêbedo, bateu em namorada
Roubou, matou, estuprou só por prazer
Sem respeito, compaixão empatia por nada
Tudo o que fazia, o fazia por lazer
Até que descobriu sua melhor vocação
Vender a palavra que a galera quer ouvir
Tem nada melhor que explorar a devoção
Você tem um dom, e a galera quer seguir
A palavra é divina
A palavra do senhor
Essa é sua doutrina
Enganar como orador
Ganha comissão da esmola para o pobre
Vendendo sonhos de eterna salvação
Tem tudo o que quer, não há nada que lhe sobre
Vai ganhando grana por dizimo e oração
Já tem carro, casa, segurança e avião
Toda a mulher quer seu toque de curar
Sorriso nos lábios, você faz a comunhão
Sabendo que esse povo é bem fácil de enganar
Tudo vale e pode se lhe chamam de Pastor
Rouba, mata e estupra como sempre você fez
Mas com proteção da palavra do senhor
Santo lhe sublimam todo o dia, todo o mês
Você é o mestre da lavagem cerebral
Em troco de dinheiro qualquer mal se desfaz
Enriquece nessa vida de farsa pentecostal
Aleluia irmão, paga aí pla sua paz
A palavra é divina
A palavra do senhor
Essa é sua doutrina
Enganar como orador
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8. |
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Vamos nessa luta contra toda corrupção
Investiga todo mundo, mas meu filho não!
Ele é agiota, rouba e ganha mensalão
Mas se o povo desconfia, melhor criar diversão
Na terra de indígena tem fertilizante
Mas roubar na descarada é pouco elegante
Melhor esconder escolhendo um mandante
Que vai destruir, queimar e expulsar como bandeirante
E essa Amazônia é a loteria do Brasil
Não pela natura, mas por riquezas mil
Assusta esse índio, aponta o fuzil
Expulsa o indígena, ele é fardo, imbecil
Passa essa lei, tem copa libertadores
Galera está dormente discutindo jogadores
Ambiente, Educação, que se fodam os valores
Importante é satisfazer os amigos investidores
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9. |
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10. |
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11. |
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SALQIU PE, Brazil
A mysterious entity swallowing the light into the darkest abyss, marching mechanically into the realms of Salqiu, the most
obscure Lusitanian Warrior God of the Dead and the Underworld...
there is a Cosmos in the Underworld. A Dark, obscure aura that must be unveiled...
... more
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